quarta-feira, 14 de julho de 2010

linha por linha, ou quase.

e aí quando você sentir aquele negocinho de que a coisa vem vindo. desvie da coisa, senão... 
arrá! ( estende as mão, como se fosse dar um susto)
ela acontece mesmo. eu juro! ( beija os dedos cruzados)

(contando um segredo)essa coisa, negocinho... é aquela coisa que não deve acontecer, porque também tem a coisa boa que você deita e (como se sonhasse)ela vem vindo fazendo carinhos gostosos.

eu sei como é, pois (pausa)      já me aconteceu.(olha pra baixo)
é tudo no diminutivo, mas se você deixar, multiplica que só.(abre os braços, mostrando como fica grande quando multiplica)
uma angustiazinha, uma tristezinha, uma insegurançazinha...( entorta a boca)
e tudo tão sem necessidade.( respira insatisfeita)
abra bem os olhos e e ponha a culpa das lágrimas nessa abertura. não deixe o negocinho crescer e ser de verdade. não é, ora.( diz deixando os olhos abertos, com a ajuda dos dedos, até arder e cair uma lágrima)
(tira os dedos dos olhos repentinamente)sabia?
apois, acho que estou descobrindo hoje. (meio sorriso)
eu já embarquei nessa, cara. e lhe digo...
(inventando um personagem que encara a câmera e diz)sai dessa, cara!
abstrai o negocinho, chora com culpa na abertura.( batendo uma mão na outra - uma está como se mede um cachorro e a outra como se recebe uma moeda, a do cachorro bate na moeda como se explicasse algo)
(levanta os ombros e entorta a cabeça, concluindo)dorme e acorda!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

eu
feto de mim
cortei
o cordão umbilical
e me perdi
e por ter posto
tanto fim
[ponto final]
reticenciei.