domingo, 31 de outubro de 2010

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queriam retira-la de lá a força. tirar-lhe de seu canto apenas por ser ele tão cheio de vida.

queriam retirar sua força. deixar distantes os rabiscos, os rascunhos, as rasuras e o descontínuo. 

viram-na tal qual maçã e a morderam até chegar ao seu centro suculento e claro. após o feito, permitiram que a escuridão viesse e a amargasse por todos os lados.

aspiravam ao descrédito, à descrença. mais senso, segundo eles.

tirar-lhe daquele ponto representava não apenas dor: mais dureza.

viram-na em persistência diária e quiseram silenciar o seu acesso dizendo: não há precisão.

e por quê?
[debatia-se. derramava-se. recompunha-se para dialogar com a razão.]

porque o tempo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

a bolha

de fininho, bem fininho, 
ao tocar sua superfície
 queria saber, ô de casa, quem saía
 adentrei a capa e
poc
 tudo sumiu.

diga-me, sr. brilhante dimaginatíque




como vou adentrar em mim sem dissipar?
de onde eu não deveria ter me retirado, hum?
outros vieram empurrando-me para fora.

fiasco penhasco abismo

há quem diga que eu era um vazio.

Cavo oco vácuo vago

e agora?
o que sou?

vasto labirinto
ora, resto, escombros
ora poeira, sopro

ser o que eu quiser.
como saber o quero sem saber-se ser

cesso.
sobressalto.
desconstruo.
desmantelo.
descontinuo.

antes que, enlouqueço.




sessões seguidas de relaxamento (aaahhh)
mais massagens. m a i s.
sessões seguidas dos perfumes borrifantes
huuummm
cheira-me.



do amor em paz.