quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

depois ou entrega ao sons e silencios

de olhos semi-cerrados
meio sonho enquanto amanheço
quase acordo quase esqueço
um vazio 
eu pelo avesso
pulso firme forte
tenro
morte vida recomeço

a cada ciclo
me convenço
pouco é coisa de pecado
pouco é de manter segredo
pouco é de caso pensado
amor pra mim é sagrado
meditação, não-tempo
reinvento prelúdio e remate
amor é pura arte 
deserto de pensamento

teço versos quando gozo
coso um mundo do que sinto
crio caso, invento hino
de animal que não tem fala
que quanto mais vive cala
 embriaguez cor -vinho- tinto
minto um tanto, não atino
revelar, posto que é chama
posto: oração e flama
como o inferno do divino